PRTB enfrenta polêmica com laudo falso envolvendo Boulos. Leonardo Avalanche classifica episódio como um “grande erro”, mas vê o partido fortalecido.

Divulgação de laudo falso foi um grande erro, diz presidente do PRTB

Em uma reviravolta nas eleições de 2024, o PRTB enfrentou um incidente inesperado com a divulgação de um laudo médico falso que associava Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. A situação foi agravada quando Pablo Marçal, candidato do partido, compartilhou o documento em suas redes sociais, mas o laudo falso foi rapidamente desmentido, resultando em grande repercussão negativa. O presidente do partido, Leonardo Avalanche, classificou a ação como um “grande erro” e afirmou que o PRTB foi surpreendido pela publicação. Mesmo assim, ele avaliou que o partido saiu fortalecido desta eleição.

A polêmica envolvendo o laudo falso divulgado por Pablo Marçal

Na sexta-feira, 4 de outubro, Pablo Marçal compartilhou em sua conta no Instagram um receituário médico da clínica Mais Consultas, sugerindo que Guilherme Boulos estava envolvido com o consumo de cocaína. O documento, no entanto, continha várias inconsistências, sendo rapidamente identificado como falso. A falsidade foi confirmada pela Polícia Civil de São Paulo, e o episódio trouxe grande repercussão tanto nas redes sociais quanto na mídia tradicional.

A reação do presidente do PRTB, Leonardo Avalanche

Logo após o escândalo, Leonardo Avalanche se pronunciou sobre o ocorrido. Em coletiva improvisada na zona oeste de São Paulo, Avalanche expressou sua surpresa com a situação e afirmou que o partido não tinha conhecimento do laudo falso. Segundo ele, a decisão de publicar o documento foi um erro de orientação para Marçal, o que acabou prejudicando a campanha do candidato, que por pouco ficou de fora do segundo turno das eleições.

“Acho que quem o orientou a fazer isso cometeu um grande erro”, disse Avalanche. Ele destacou que o PRTB foi pego de surpresa com a publicação do documento e que o partido desconhecia completamente a origem e a falsidade do receituário.

A clínica envolvida se pronuncia sobre a falsificação

A clínica Mais Consultas, cujo nome apareceu no documento falso, também se manifestou sobre o caso. No domingo, o proprietário do estabelecimento, Dr. Luiz Teixeira, divulgou uma nota pública, negando qualquer envolvimento na falsificação do receituário médico. Em um comunicado oficial, seu advogado esclareceu que o candidato Guilherme Boulos nunca foi atendido na clínica e que a equipe da Mais Consultas aguardou o encerramento do horário de votação para se pronunciar sobre o ocorrido.

O caso gerou uma enorme repercussão, trazendo à tona discussões sobre a ética nas campanhas eleitorais e o uso de informações falsas para manipular o eleitorado.

As implicações do incidente para a imagem de Pablo Marçal

O episódio envolvendo o laudo médico falso prejudicou a imagem de Pablo Marçal, que ficou de fora do segundo turno por uma pequena diferença de votos. Embora o candidato tenha tentado se desvencilhar da polêmica, o dano à sua reputação já estava feito. A rápida repercussão negativa e a confirmação de que o documento era falsificado colocaram Marçal em uma posição difícil, especialmente por ter sido um dos principais nomes da disputa.

O impacto do escândalo para o PRTB nas eleições de 2024

Apesar do escândalo, o presidente do partido acredita que o PRTB saiu fortalecido desta eleição. Leonardo Avalanche destacou que, mesmo com o erro, o partido mostrou resiliência e conquistou uma base sólida de eleitores. Ele também frisou que o incidente não reflete os valores do partido, e que a sigla seguirá firme em seus objetivos, buscando continuar relevante no cenário político nacional.

A resposta de Guilherme Boulos e a justiça eleitoral

Após o incidente, Guilherme Boulos manteve uma postura firme, negando veementemente qualquer ligação com o conteúdo do laudo médico falso. O candidato do PSOL também afirmou que tomaria medidas judiciais contra os responsáveis pela difamação. A justiça eleitoral também foi acionada para investigar o caso, e a expectativa é que medidas sejam tomadas para garantir a integridade do processo eleitoral.

Conclusão: Um alerta sobre a responsabilidade na divulgação de informações eleitorais

O incidente envolvendo o laudo falso de Guilherme Boulos serve como um alerta sobre a responsabilidade no uso das informações durante as campanhas eleitorais. A rápida disseminação de fake news pode influenciar a opinião pública e prejudicar candidaturas de maneira injusta. Embora o PRTB tenha sido pego de surpresa, a responsabilidade pela publicação recaiu diretamente sobre o candidato Pablo Marçal, que agora enfrenta as consequências de suas ações.

Para além das polêmicas, o episódio reforça a importância da verificação de fatos e da ética no ambiente político. O PRTB, por sua vez, deverá lidar com os desdobramentos dessa situação nos próximos meses, enquanto Guilherme Boulos segue sua campanha no segundo turno. Esse caso sublinha o impacto das fake news nas eleições e como elas podem moldar os rumos de uma disputa.